Nesse instante seu vizinho entrou no apartamento procurando por ele e o agressor sumiu deixando Bores mais confuso do que já estava, ele olhou pela janela e o muro estava liso como se nada tivesse acontecido, olhou para baixo e viu o corpo de Elisa jogado, rodeado de pessoas que queriam saber o que houve. Seu vizinho tinha ido procurá-lo por causa do acontecimento.
Bores desceu correndo as escadas ate chegar no térreo, passou pela porta escapando de braços e mãos que o tentavam impedir, chegou ao corpo de Elisa e olhou bem para o rosto dela. Não conseguia acreditar no suicídio, lá no fundo sabia perfeitamente o que tinha acontecido e que ele poderia estar ali jogado ao lado dela se seu vizinho não tivesse entrado no apartamento.
A policia concluiu a investigação como suicídio, mas Bores se sentia culpado pela morte da namorada. Sentia de alguma forma que se não tivesse deixado ela sozinha no apartamento ela poderia estar viva e eles estariam comemorando na casa dos pais. Esses pensamentos tomaram conta dele, não podia fechar os olhos que as cenas vinham em sua mente. Depois de três meses não conseguia trabalhar, estudar sua vida tinha acabado, ele decidiu se internar em uma clínica de repouso, sua única exigência era um quarto sem janelas.
