Mesmo com todos os esforços de Sophie para encontrá-lo Marvin estava trancado em sua oficina laboratório, pois tinha que aperfeiçoar suas técnicas se quisesse pegar o fantasma. Ele trabalhou durante três dias seguidos. A essa altura Sophie estava quase morrendo. O que a sustentava era a presença de Anny, que viera visitá-la e saber como ela conseguira fazer a carta brilhar. A princesa Anny era mais que uma prima para Sophie, era quase uma irmã, elas cresceram juntas até que o rei Carlos foi nomeado e se mudaram para o reino vizinho. Elas sempre mantiveram contato e uma sabia tudo sobre a outra.
Anny tentou acalmar a prima quando soube da loucura que Marvin estava fazendo, mas não conseguiu disfarçar que também estava preocupada. Tinha visto o alquimista umas três vezes, mas já gostava dele. Achava que era o rapaz certo para Sophie.
A rainha Alexia estava às voltas com o marido, tentava convencê-lo a dar a permissão de casamento mesmo que Marvin não conseguisse capturar o fantasma, desde que voltasse vivo, ela não via nenhum problema. O rei negou todos os pedidos de Alexia, Sophie e até mesmo de Anny. Queria ver até onde Marvin iria com aquela história.
O reino todo já estava sabendo da proposta, estava até rolando um bolão de aposta. A mãe de Marvin, Clarissa, estava preocupada com o filho, mas também estava confiante, sabia que Marvin estava se esforçando ao máximo, pois o motivo era muito importante para ele.
Marvin mal sabia a confusão que havia causado, o assunto era comentado em todo lugar, menos na igreja e no castelo, pois o rei Carlos havia proibido. Praticamente, só o padre e os surdos não tinham ouvido falar na história de “Marvin, o caçador de fantasmas”.
Dias se passaram até que o garoto saiu da oficina e disse que estava pronto. Ele falou com o rei para que mantivesse as ruas do reino vazias para que seu plano desse certo. O rei aceitou e mandou os vigias prenderem a todos que estivessem na rua após o anoitecer. Sophie nem conseguiu dormir, ela e Anny ficaram a noite toda olhando pela janela para ver se conseguiam ver alguma coisa. Marvin saiu de casa e foi direto para a frente da igreja verificar se sua armadilha estava pronta. Tinha armado tudo antes do anoitecer enquanto todos estavam na missa. Conferiu tudo e certificou-se que estava bem escondido atrás de um arbusto ao lado da igreja. Esperou por muito tempo até que ouviu passos apressados em direção a igreja. Preparou-se para apanhar o tal fantasma quando ouviu: