domingo, 15 de agosto de 2010

O quinto grupo - Parte14


−Mas o que é isso? Um “Cérbero”???
−Um o quê?- Nicolas olhava para Serenity como se ela de repente tivesse começado a falar em outra língua.
−Um “Cérbero”, é um ser mitológico. Um imenso cachorro com três cabeças, ms não isso, isso não é um “Cérbero” Serenity!- Noar estava folheando um livro enquanto falava com os meninos - Aqui! Ian pode ler esse trecho ao lado da foto em voz alta, por favor?
Ian pegou o livro de capa dura e antes de ler o texto deu juma olhada na ilustração lateral. A imagem era de um cachorro realmente grande, mas com uma cabeça só.
−Malaude, é um ser animalesco, que pode se assemelhar a um imenso canino, é um elo entre as dimensões. Uma vez que esse ser atravesse um portal, ele se tornara mais poderoso a cada dimensão, o que dificulta o seu retorno pra sua dimensão de origem.
­−Quer dizer que ou nós derrotamos esse bicho, ou ele vai ficar mais forte?
−É Nicolas, resumindo bem, é isso aí!
...
-Pronto viu o que você conseguiu!- Lael estava tentando acordar Nicolas que havia desmaiado, mais uma vez.
Após algum tempo todos estavam novamente reunidos em volta da grande lagoa...
-Enfim se é pra ir vamos logo!- Serenity olhou pra os outros que a acompanharam no salto.
No momento em que eles entraram na lagoa, todos esperaram a sensação de molhado que não veio, ao invés disso, eles sentiram o vento passando por eles e segundos depois estavam caídos na grama.
-Nossa agora eu sei como a Sheila e o tio Noar chegavam tão rápido lá em casa!
Serenity levantou e ajudou Cassandra e Eliz enquanto Ian tentava encontrar o ponto de equilíbrio de Nicolas, o que era bastante difícil devido ao fato de que Nicolas caiu exatamente de frente para o portal onde o Malaude estava tentando sair. Lael ajudou I
na a afastar o garoto do centro de atividade, e todos se reuniram em uma parte do bosque onde havia mais arvores.
-Bom é isso aí, como vocês pretendem resolver isso?
Lael parou e olhou pra cada uma das expressões demoradamente.
-Vocês deviam ver suas caras - Lael ria enquanto algumas das expressões mudavam de espanto e duvida para raiva e toques de agressividade criativa...

domingo, 8 de agosto de 2010

A princesa e o alquimista=final


Alexia estava sentindo-se como se tivesse dezessete anos de idade. Pouco tempo antes de casar com Carlos, havia estourado uma batalha em um reino próximo e seu pai tinha colocado os guardas para vigiar durante a noite e Alexia os acompanhava quando não tinha sono, gostava da sensação do friozinho na barriga...
Sensação, essa, que Anny já havia ultrapassado, se encontrava agora no estágio de calafrio, estava pálida, suando, nunca tivera muita coragem, não gostava de emoções fortes, nem de lugares perigosos...
Sophie era ao contrário da prima, parecia com a mãe, gostava daquela sensação de mistério, era curiosa desde pequena, entrava no salão de reunião quando o pai estava com outros aliados e os chefes da guarda só para saber os planos de batalha. Sua curiosidade foi um dos fatores para Marvin achá-la encantadora.
- E aí, Alquimista, o que vai fazer agora? – disse Sophie ao lado de Marvin.
- Isso!
Marvin soltou a corda da pedra e a rede caiu exatamente quando o fantasma chegou na porta da igreja. Ele ficou preso no emaranha da rede e rolou escada abaixo.
- Bom, fantasma ele não é, a rede o prendeu. Fiquem aí. Vou chegar mais perto... – disse Marvin saindo de trás do arbusto.
Quando ele chegou ao pé da escada, a pessoa estava virada de costas e se virou aos poucos.
- Ah! Eu sabia! – disse Marvin quando o rosto do prisioneiro ficou visível.
- Padre? Meu Deus! Marvin, solte-o – disse Anny ao se aproximar.
- Ora, soltá-lo, por quê?
- Marvin, ele é o padre, isto deve ser pecado – disse Sophie.
- Ora, pecado maior é o dele de furtar os bens de freqüentadores da igreja.
- Essa é uma acusação muito grave, meu filho! E, provavelmente, ninguém vai acreditar... – disse o padre.
- Eu acredito! Olhem! – disse Anny apontando para a bolsa que o padre trazia.
Quando Marvin pegou a bolsa caíram várias jóias e objetos valiosos de dentro dela.
- Ninguém vai acreditar em três jovens, muito menos na filha do rei que está doida para casar. – disse o padre.
- Mas todos irão acreditar na rainha! – disse Alexia que até o momento tinha se mantido afastada.
Já havia amanhecido quando eles chegaram ao castelo, o rei já havia acordado e estava doido, pois sua mulher, sua filha e sua sobrinha haviam desaparecido. Quando o guarda veio avisá-lo que as três o esperavam no salão principal ele foi correndo ao encontro delas. Assim que chegou e viu Sophie e marvin juntos foi direto reclamar com os dois, até que Alexia explicou tudo.
- Mas o padre, não acredito! Onde ele está? – falou Carlos.
- Mandei os guardas levarem para a prisão. Foi pego no ato então não há necessidade de julgamento.
- Hum, e eu posso saber desde quando você entende tão bem das leis.
- Ora, você ficou muito tempo em batalha, alguém tinha que reinar... Mas não fuja do assunto, Marvin capturou o “fantasma” e agora tem o direito de desposar Sophie.
O rei Carlos ficou um pouco contrariado, mas logo depois aceitou o fato.
Poucos dias antes do casamento Marvin, Sophie e Anny estavam conversando no jardim.
- É, eu também me lembro que você disse que já sabia que era o padre, como você já sabia? – disse Anny ao ouvir o comentário de Sophie.
- Quando o rei mandou me soltar eu fui ao castelo ver Sophie. Era tarde, e quando sai de lá estava quase amanhecendo, mas eu não estava com sono, então resolvi sentar na escadaria da igreja e pensar um pouco, disse Marvin levantando.
- E daí, que tem isso a ver com o padre? – perguntou Sophie, curiosa.
- Daí, princesa, que enquanto eu estava lá sentado, o “padre” chegou, eu perguntei se ele também tinha perdido o sono e ele tomou um susto. Disse que sim e entrou correndo, mas antes de fechar a porta ele tirou os sapatos e eu notei que tinha um cordão saindo da bolsa que ele trazia consigo. Achei estranho e resolvi investigar. O resto vocês já sabem...
Depois de tudo explicado, finalmente chegou o dia do casamento, tiveram que chamar outro padre, já que o local estava preso. Marvin e Sophie continuaram no reino, mas estavam morando em uma casinha afastada, pois o alquimista precisava de sua oficina e a princesa queria privacidade. O rei usou a armadilha de Marvin para reforçar a segurança do reino, Alexia já estava fazendo as roupinhas para os futuros netos e Anny tinha se encantado com o chefe da guarda do tio.
E assim, eles continuaram vivendo felizes para sempre...

FIM