sábado, 12 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

A princesa e o alquimista=4


Marvin tinha armado tudo antes do anoitecer enquanto todos estavam na missa. Conferiu tudo e certificou-se que estava bem escondido atrás de um arbusto ao lado da igreja. Esperou por muito tempo até que ouviu passos apressados em direção a igreja. Preparou-se para apanhar o tal fantasma quando ouviu:
- Marvin, onde você está?
- Sophie, Anny, o quê estão fazendo aqui?
- Não me pergunte, foi idéia da tonta da sua namorada.
- Se você está se arriscando por mim tenho ao menos o direito de lhe acompanhar!
- Mas pode ser perigoso, seu pai podia ter visto, os guardas podiam ter pego as duas...
- Eu falei a ela, quem disse que ela me ouve! – disse Anny dando um tapinha no braço da prima.
- Não saio daqui sem você, e você não vai sair até pegar aquele fantasma, então...
Então que os três esperaram no mais absoluto silêncio...Ou quase absoluto...
- Quer parar de tremer, Anny! – disse Sophie baixinho.
- Não dá, estou com medo, e com frio ao mesmo tempo.
- Silêncio vocês duas, tem alguém vindo...
Ao falar isso, Marvin abriu um pequeno espaço nos arbustos para ampliar o seu campo de visão. Anny se encolheu ainda mais enquanto Sophie procurava o melhor ângulo para saber quem era.
- Espere, conheço aqueles sapatos... Mãe?
- Ah, vocês estão aí! Sophie, Anny, o quê deu em vocês? Ah, olá Marvin, como vai a caçada? – disse a rainha Alexia, juntando-se ao grupo no arbusto.
- Está ótima... – Marvin já não tinha tanta certeza disso.
- Mamãe, o quê faz aqui?
- Ora, mocinha, quem faz as perguntas aqui sou eu. Vi quando as duas saíram e fique preocupada... E então, o quê estão fazendo?
- Me parece uma festa – disse Marvin baixinho, enquanto olhava pelo buraco no arbusto.
- Estamos esperando o fantasma e rezando para não acabarmos fantasmas também! – disse Anny.
- Mãe, você já pensou se o papai te vê saindo e resolve te seguir.
- Quem sabe ele não é o próximo que irá aparecer... – dessa vez Marvin não se preocupou se alguém iria ouvir ou não.
- Bom, eu não sei se é o tio Carlos, mas tem alguém vindo ali!
Não era o re Carlos. Todos olharam para o mesmo ponto. Alguém estava vindo na direção da igreja, estava coberto por uma capa e trazia uma sacola presa ao corpo.
A armadilha de Marvin consistia em uma rêde, presa a uma corda que passava por duas roldanas e estava presa a uma pedra que se encontrava sob o pé de Marvin. O grupo no arbusto não havia crescido, mas estavam tão juntos que era como se o lugar estivesse lotado. A expectativa de descobrir o fantasma era tanta que Marvin estava quase gritando, em parte também porque Sophie estava pisando em suas mãos...
- Ele está chegando! – disse Alexia.